segunda-feira, 15 de abril de 2019

Rui Barbosa e o ladrão de patos



Uma questão posta pela Fundação de Apoio a Pesquisa,Ensino e Assistência (FUNRIO) na prova de conhecimentos básicos para o cargo de Analista Judiciário do INSS, aplicada neste final de semana (13), fez com alguns concorrentes sorrissem por alguns segundos antes de partissem para as respostas.
Uma das estratégias do humor é, sem dúvida, a quebra da expectativa de desenvolvimento numa sequência de fatos.
Dentro desse quadro, circula na Internet a seguinte historieta, cuja veracidade é bastante discutível.
.Diz a lenda que Rui Barbosa, ao chegar em casa, ouviu um barulho estranho vindo do seu quintal. Chegando lá, constatou haver um ladrão tentando levar seus patos de criação. Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo- o, quando este tentava pular o muro com os patos, disse-lhe:
.– Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas, sim, pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando meus
ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopeia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei, com minha bengala fosfórica, bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência que o vulgo denomina nada.
.E o ladrão, confuso, diz:
.– Dotô, resumino, eu levo ou deixo os pato?
Agência Texto final de Notícias/Ilustração Damásio Kennedy de Amorim