O vazio da sua ociosidade, leva-o a não gostar de si mesmo, a procurar o nada para não precisar conversar. O seu eu adquire uma preguiça intelectual e corporal que impera mais do que sua própria vontade de viver. O que é isso? Macumba ou inveja?
Não, é a falta do querer intrínseco, é a falta de vergonha na cara, a desculpa da falta de emprego, da escola que é chata. Para o ocioso seu melhor amigo é a cama para aumentar sua preguiça.
Quanto mais asas se der para o vazio da ociosidade, sua vida irá se tornar um mar de lamentações, virando piegas das pessoas até do seu visual relaxado, seu modo vagaroso de andar.
Até quando? Enquanto você tiver sua mãe, por mais que ela seja brava, não consegue expulsá-lo de casa para aprender a viver. E nem adianta, pois caindo na rua irá procurar o lado mais fácil de viver: as drogas.
Esse seria seu ofício de vendê-la e com o mísero dinheiro desfrutar dela para aumentar sua ociosidade.
Alguém pode perguntar: ociosidade é doença? Não sou nenhuma especialista nessas condutas, mas posso dar um conselho que é infalível:
Se tiver um filho ou amigo que "sofre" dessa tal doença, não o ajude com bens materiais, diga a ele pra se olhar no espelho, e vendo aquele rosto desprovido da sua beleza natural, perguntar: Sou um homem ou um saco de batatas?
Depois da consciência lavada, amar seu corpo e seu espírito e para iniciar uma vida cheia de anseios e perspectivas, dê uma passadinha no mar para criar vergonha na cara, pois ele não cansa de fazer seu papel desde a criação do mundo.
Dorli Silva Ramos