segunda-feira, 3 de junho de 2013

As máscaras que camuflam.



A maioria das pessoas precisam usar máscaras para camuflar uma personalidade sórdida para enganar muita gente, mas existem pessoas que não precisam delas para desmascará-las: elas não fazem nada só para terem o gostinho de ver até onde vai a mente humana.
Com tantos exageros de máscaras belíssimas que temos por aí, tenho certeza que o inferno já deve estar cheio delas...E o que fazer com as novas máscaras dos sórdidos? Elas estão se alastrando pelo mundo com um sorriso encantador e palavras dóceis e, assim, vão levando pessoas simples de coração a se comportarem como suas ovelhinhas mansas. Mas, existem as raposas muito espertas que não caem sobremaneira no encanto dos seus elogios. Que pena!
Acordem para a vida, olhem-se no espelho e digam a si mesmos: eu sou um ser esplêndido e não vou me deixar influenciar pelo belo, pelo inusitado e pelo "puxasaquismo" que sempre existiu na humanidade. " Puxasaquismo" é tão tão insignificante que nem existe num dicionário sério. Uma palavra que causa náuseas e que nos limita menosprezando nossa inteligência.
Portanto: " Olho Vivo "


Dorli Silva Ramos

domingo, 2 de junho de 2013

O Silêncio



Não gosto do silêncio
Da uma sensação de impotência
De nada poder fazer
Nem como se defender

O silêncio da pessoa amada
Estraçalha minha alma
Nunca diz se me quer ou não
Nem decide o amor

O silêncio do domingo à noite
Fico muito atordoada
Não sei onde vou ou se fico
Pois todos querem o silêncio à dormir

O maior silêncio é a noite gelada
Onde quero muito conversar
 Consigo até ouvir o tique-taque do relógio
Pego um livro, mas ele é mudo

Perco o rumo na minha enorme casa
 Todos dormem no seu respirar
Eu aqui muda falando com o vazio
Saio à noite, vou conversar comigo mesma

Dorli Silva Ramos

sábado, 1 de junho de 2013

Rastejando pensamento



Rastejo meu pensamento
Nesse quadro que você pintou
Apalpo cada pássaro que voa o infinito
Aqueço meus pés nas areias

Ando a ponte de madeira até o final
Era nesse lugar que me amava
Contornava meus braços no seu colo
Beijava seus lábios incandescentes

Nesse vazio procuro no quadro você
As ondas que quebram na praia
Bebem lágrimas de saudades
Que caem dos meus olhos chorosos

Pintou esse quadro no meu aniversário
Me pincelou bela e esbelta pra você
Por um descuido da vida, você morreu
 Vive hoje no quadro e pensamento

Dorli Silva Ramos

Beijo ao luar



Oh! que saudades tenho
Dos tempos de outrora
Onde os beijos eram cálidos
Perfumados de amor

A lua sorria pros namorados
Que às escondidas se beijavam
Depois sentavam na areia
Sonhando uma vida a dois

De repente vem uma onda forte
Pega-os de surpresa na areia
Rolam abraçadinhos .Que delícia!
Se entreolham, roupa colada

O coração dos dois aceleram
Um abraço mais apertado
Corpo esquentava entranhas
Saíam a correr do pecado

A vontade era da entrega total
Mas isso só poderia fazer
Se o casamento acontecesse
Numa noite especial


Dorli Silva Ramos

sexta-feira, 31 de maio de 2013

As estrelas e a flor (reedição)



As estrelas brilham no céu
Com o nascer d'uma bela flor
Na sutil primavera
A mais amada das estações

As estrelas nos regam com amor
Onde explodem grandes paixões
A flor nasce no campo aberto
Com esplendor e suave perfume

Amo as estrelas e a flor com ardor
A flor oferece-se ao nosso amor
Que é estrela aquecendo a flor
As duas se unem com grande calor

Nesse enlace se completam
Pois se uma  flor morre no alvorecer
As estrelas brilham ao anoitecer
Para o ressurgir d'uma nova flor


Dorli Silva Ramos

Delírios noturnos



Em qualquer canto da noite, à beira d'um riacho, ao pé do jatobá; um sono funesto toma conta do meu corpo e, durmo abraçada a duas rosas, a vermelha é a insanidade dos meus desejos carnais e a branca é a saudade d'um amor que matou meus sonhos e se esvaiu por uma estrada sem fim.

Na dormência do meu corpo é onde encontro inspirações para lhes escrever, pois não sou eu e sim um delírio obcecado com vontade incontrolável de ceifar aquele maldito que sem destino se foi, deixando meus  desvairados sonhos pela metade. Preciso achá-lo nem que tenha que morrer para devolver-lhe a outra  metade dos meus instigantes e cruéis sonhos.

Não sou nada, mais pareço um espectro vagando durante o dia em pecados insanos, pois preciso comer para dormir e sonhar com você, ser asqueroso dante inimaginável. Destruiu meus lindos sonhos de mulher à ser uma vadia qualquer, dormindo em becos para poder sonhar e acabar minha estória.

Já cansada das orgias, algo insólito aconteceu aquela noite: fui caminhando até chegar embaixo de um pessegueiro. A lua e as estrelas dormiam, parecia um breu, nisto senti dores pelo corpo, foi onde percebi minha silhueta toda costurada. Estava morta. Aquele maldito me matou: levantei sorrateiramente e, não longe dali, com meus olhos de raios x eu vi: era ele dormindo, lindo como as nuvens sombrias e, nesse dia elas escureceram, ficamos os dois em delírios.


Dorli Silva Ramos

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Adeus na estação



Hoje choro ao recordá-la na estação
Com seu lindo vestido vermelho
Na mão um lenço à enxugar as lágrimas
Que dos seus lindos olhos caiam

O tempo passou como um rio corrente
Deixando pra trás o meu amor
Hoje arrependido, velho, sinto saudades
Da cabocla linda que ficou na estação

Ainda ouço o apito do trem sossegado
Da alta janela beijou meus lábios
Prometi a ela que um dia viria buscá-la
Para ser a rainha do meu coração

Os anos passaram depressa, só lembranças
Já velho e debilitado sinto saudades
Da única mulher que chorava na estação
Meu coração ficou talhado de dor

Perdi meu amor por ganância
Pois fugi com uma mulher rica pra capital
 Me abandonou no meio do caminho
Só me restou a dor e solidão

Dorli Silva Ramos

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Rascunho de vida ( ficção )



 Fiz da vida um rascunho, aos poucos fui riscando no papel todos os meus anseios, meus namorados, os bailes ao som de músicas românticas, as paqueras com os músicos e a pausa para beber a cuba libre no bar do clube e retocar minha maquiagem no banheiro próximo. De repente a música começa, saio sorrateiramente do banheiro sem olhar para ninguém, sabia que era a jovem mais linda do baile.
Ao chegar ao salão, os jovens se aninhavam para dançar comigo e eu com desdém apontava o pretendido para dançar. Na quarta parada, ao sair do banheiro vi um jovem moreno escuro, com os olhos azulados, passei perto dele, ele me agarrou pela cintura e rodopiou o resto do baile. Sentia aquele perfume másculo e ficava louca de tesão.
Continuei o meu rascunho:
Cinco anos se passaram e não vivi o que rascunhei.Perdi a minha juventude....
Já meio balzaquiana continuei indo a bailes, mas parecia nada tinha o mesmo sabor: por mim passavam jovens lindas e eu sempre era a última a ser convidada a dançar. A música parava e eu ficava com minha cuba libre de um lado para o outro e, nada acontecia: estava envelhecendo, voltava do baile e chorava.
Continuei o meu rascunho:
Casei-me com um solteirão, vizinho meu, mas não podia ter filhos, pois com meus quarenta anos seria difícil a gravidez e não tinha idade para criar os meus filhos.E a vida foi passando depressa, meu marido morreu, fiquei só naquele casarão.Quem passasse por lá ouvia algumas notas musicais que tirava do piano.
O tempo passou e sentada numa cadeira de balanço na varanda da minha casa, peguei o rascunho da minha vida, li e reli várias vezes. Só houve um problema: a vida nunca saiu do rascunho daqueles papéis, eu nunca a vivi.


Dorli da Silva Ramos

terça-feira, 28 de maio de 2013

Lavagem cerebral...


                                                                             
Essa noite, ao dormir, quero fazer uma lavagem cerebral, esquecer de tudo e de todos que um dia passaram por mim, me amaram, me odiaram e me fizeram sofrer. Amanhã de manhã vou ser uma onda, portanto não terei sentimento ruim, nem nome, residência, vou morar em todos os cérebros que um dia tiveram contacto com o meu, podendo fazer só boas coisas a todos que de mim não tiverem medo. Medo de que? Uma onda? Ela é desprovida de sentimentos ruins, ela irá povoar seus neurônios todas às vezes que eu for solicitado para fazer o bem, se pedir o mal, farei no pedinte uma forte lavagem cerebral, irá virar uma criança que terá que se virar sozinha e aprender a ser boa. Quando o dever for cumprido, devolvo-lhe seus neurônios limpos e voltará para seu lugar.
Todas as noites sem prenúncio de chuva, ondas coloridas e cintilantes irão passar por todas as cidades do mundo: feche os olhos, se tiver medo, mas se não tiver peça algo inusitado que seja do bem, o seu pedido só será aceito se tiveres no coração um único adjetivo: o perdão, se desprovido dele, perde seu tempo, pois o perdão é só o que quero para fazer desse mundo, um outro onde pessoas irão se amar para sempre e nada faltará a ninguém.
Convenhamos que a matemática é exata, mas milhões de pessoas a usam para tentar driblar a outrem, mas a mim ninguém conseguirá, pois sou uma onda onde tudo sabe e pode tanto destruir o que for imundície, sobrando o amor e a alegria de viver.
Quando as mentes da maioria dos humanos quiserem que seus irmãos sejam como eles, então, o mundo será outro: não haverá disputa, inveja e só a compreensão e o amor sobreviverá em seus corações.


       Dorli Silva Ramos

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Meu país ( reedição )



O Brasil é por natureza lindo em algumas regiões. Ele ocupa a 6ª maior economia mundial, mesmo sabendo que é um dos países que possui mais água doce do mundo, a sua distribuição não é uma boa equação.
No Nordeste, há a seca que judia, mata o gado, as plantações e as ilusões dos pobres sertanejos e, não tendo outra alternativa, migram com suas famílias rumo a outros Estados, sendo o mais procurado o Estado de São Paulo.
Chegando na capital do Estado ficam maravilhados com a cidade grande e, têm a esperança de uma vida melhor e um bom emprego. Quantas ilusões de prosperidade. Decepcionam, pois com pouco estudo e, não tendo onde morar e nem emprego vão morar debaixo dos viadutos, deixando suas famílias à mercê dos bandidos que os oferecem a melhor faculdade, onde não precisa fazer cursinho, nem vestibular para entrar nela: É a Faculdade do Crime. Não é todo sertanejo que se submete a tais propostas e, muitos vão comer restos no lixão, vender sucatas para conseguirem voltar pro sertão.
Muitos migrantes vêm para as cidades do interior para o corte de cana, que está cada dia mais escasso, pois as máquinas tomaram os seus lugares; sobrecarregando os municípios dormitórios, vivendo em cortiços amontoados e fétidos, dando gastos extras para a municipalização como: saúde, moradia, alimentação e educação e, nessas cidades o número de criminalidade aumenta em grandes proporções. Existem pessoas de boas e más índoles em qualquer lugar.
O Rio Tietê atravessa o Estado de São Paulo. Há uns quarenta anos era navegável, suas águas eram límpidas e cristalinas: dava-se para nadar e pescar.
Em se tratando da capital, o Rio Tietê recebe toda a podridão das indústrias e o descaso de seus habitantes que jogam entulhos nele.
Quando se chega  à bela metrópole, passando quase que obrigatoriamente pelo Rio Tietê, sentimos um fedor podre que nos enoja  também nos envergonham pela sujeira, a beleza da capital.
Que país é esse que está se igualando aos melhores do mundo nessa lerdeza de concretização de projetos essenciais e, olhe que pagamos os maiores impostos.
O governo já recebeu projetos para a despoluição do Rio Tietê que ficaram guardados nas gavetas e, com certeza, já estão amarelados pelo tempo.
O Brasil deveria copiar sem desdém o exemplo de despoluição do Rio Tâmisa, na Inglaterra, onde hoje os peixes nadam, retirando o oxigênio de suas águas despoluídas, além da beleza dos passeios à barco enchendo o coração dos apaixonados de mais amor.
Por que no Rio Tietê não se pode fazer nada? Nem para os pobres sertanejos? Aonde foi parar a vontade política do  Brasil, lindo por suas belas paisagens?
Portanto, meus leitores, apesar de tantos problemas que temos, aqui ainda é o melhor país do mundo para se viver.



Dorli Silva Ramos

Viajando sonhos



As brancas nuvens desceram à terra
Um trem colorido apitava sem parar
 Apavorados, com medo ficamos, entrei
 Num trem desconhecido, estava vazio

Olhando pela janela pude ver o belo
Uma colorida natureza linda e intacta
Com grandes rios, mares e animais
Não havia nenhum ser humano...

Ele deslizava as nuvens brancas
Não havia maquinista, estava só
Então comecei a chorar a solidão
Dormi, acordei o trem estava cheio

Crianças correndo, pessoas falando
Não conhecia ninguém. De repente
Meus amigos começaram a entrar
Senti falta de alguns, doeu o coração

Mas noutra estação estavam todos lá
Foi uma alegria total, coração sorriu
Pudemos ver as estrelas coloridas
A famosa lua dos eternos namorados

Era outro mundo, outro viver feliz
Conversamos com o sol escaldante
Mas um grossa chuva de pedras caiu
Pelas janelas pegava as pedrinhas... 

De repente um grande solavanco no trem
O que será? O maquinista apareceu
Vamos voltar à terra com urgência
Seus pecados estão balançando os vagões

Voltamos à terra com muitas tristezas
Pois iríamos conhecer todas as galáxias
Senti uns pingos d'águas cair meu rosto
Acordei, chovia, tinha goteira no telhado


Dorli Silva Ramos


Abaixem a "setinha" até o fim, tem surpresa.

domingo, 26 de maio de 2013

Saudade de ti, meu amor



Enquanto teu corpo é leve como a pluma
Viajas todo o universo sem usar avião
Tens a beleza das estrelas azuis cintilantes
Eu aqui só choro a dor da saudade de ti

Não vou aguentar ficar sem ti nesse mundo
Quero voar contigo, estou cansada da solidão
Mas, amanhã ao anoitecer venha me buscar
Juntos voaremos todas as galáxias do mundo

À noite de mãos dadas começamos um novo amor
Leve, sem dor, sem sofrimento, apenas amor
Amor suave, tranquilo, sem beijos e paixão
Aqui não sentimos desejos carnais, somos almas

Para sempre estarei pertinho de ti no infinito
Conversaremos com todo o universo e vemos o mar
Dormiremos abraçados numa perfumada nuvem
Assim a vida continuará eu contigo e tu comigo

Saudades de ti, meu amor

 Dorli Silva Ramos


Abaixem a setinha até o fim, tem surpresa

sábado, 25 de maio de 2013

O Sol que não queria dormir ( miniconto)





Todos os dias saio de casa, ao entardecer, para ver um dos maiores  espetáculos que ocorrem na natureza, aqui perto da praia: o pôr do sol. Só que hoje houve algo inusitado: o sol não estava com sono, e seus raios espelhavam-se nas águas do mar parecendo estrelas que não afundavam e nem se apagavam da superfície das águas.
Eu nunca tinha visto tanta beleza, estava só na praia e queria pegar todas as estrelas  das águas. Claro, não consegui, pois só eram os seus reflexos. O mar estava brando com tanta luminosidade. De repente começa cair uma chuva fina, ou seja um chuvisco e eu já fora das águas perto de umas árvores vi que algumas gotículas d'águas fazendo forças para ficarem nas folhas em forma de orvalho e não se espatifarem no chão, algumas caíram e correram para o mar.
De repente começou a escurecer, eu estava com muita sede e fui beber das gotículas que ficaram presas nas folhas das árvores. Elas escorriam na minha boca sorrindo de felicidade, pois iriam saciar a sede de uma linda jovem que se encontrava solitária na praia.
Fiquei com muito sono, minhas pernas cansadas, a escuridão não me permitia ver o caminho de volta, então, ali mesmo na praia fiz minha cama e dormi. Acordei assustada e, no meio do sono, minhas vistas ofuscadas com raios de lanternas, era meu pai e seus vizinhos à minha procura na praia. Fui tentar contar o que aconteceu, desfaleci.
Acordei na minha cama quentinha e pelas frestas da  janela vi os raios solares entrarem... escancarei-a e observei o lindo alvorecer, parecendo estar sorrindo e me dizendo bom dia. Chamei mamãe e ela me disse: filha, ontem você nem jantou, dormiu cedo e nem foi apreciar o pôr do sol.



Dorli Silva Ramos

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Mulher fascinação




Mulher fascinação é deslumbrante
Provoca uma atração irresistível
Seu fascínio machuca corações
Tem no seu olhar o magnetismo

Mulher fascinação é meu sortilégio
Me deixa em devaneio ao vê-la
É encanto do meu louco coração 
É uma tentação em forma de mulher

Mulher fascinação deixa homens loucos
É o êxtase do meu prazer incontrolável
É o deleite depois da paixão desvairada
É a suavidade depois do meu delírio

Mulher fascinação é uma bela magia
Um esplendor de linda mulher sedução
Se casar com essa mulher fico louco
O ímã atrai minha obsessão pelo ciúme

Dorli Silva Ramos


Eu te amo




Eu te amo

Pelas vezes que olhou para mim e sorriu
Pelos banhos de chuva no nosso quintal
Por me prometer amor sincero, eterno...
Nas alegrias, nas doenças e desavenças

Eu te amo

Por aguentar meu gênio chato nos fracassos
Por falar todos os dias: eu vou cuidar de ti
E me dizer todas as noites: mulher eu a amo
Tu és a melhor coisa que me aconteceu

Eu te amo

Pelas vezes que viajamos por doenças e passeios
Por nunca fraquejar nas dores da minha carne
Por não esquecer de dar os meus remédios
Por dizer que passará todos teus dias a me amar

Eu te amo

Por enxugar minhas lágrimas quando entristeço
De me dar razão, mesmo errada pra ver o sorriso
Que vira gargalhada e corro para te abraçar
Dizendo baixinho no teu ouvido: "mô", te amo


Dorli da Silva Ramos

quinta-feira, 23 de maio de 2013

O mar me chama (reedição)



Moro numa casa simples à beira mar. Numa noite calma o mar me chamava, ouvia o barulho das ondas agitadas, resolvi atender seu pedido.
Ao chegar à praia vi uma onda gigante que chegava a minha direção, quebrou na praia, molhou meu rosto,  ouvi um barulho perto de mim; alguém disse: Olá! Petrifiquei.
Um lindo jovem vestido com elegância, não para uma praia e sim para uma festa, tinha um semblante que me intrigava, rosto muito branco, de seus lábios ouvi um triste murmúrio: não se assuste, já lhe amei em outra vida.
Pegou em minha mão, estava gelada e suavemente começamos a caminhar mar adentro. Não se preocupe não afundaremos, então, olhei para o céu não vi nenhuma estrela, a noite era uma penumbra.
Caminhamos sobre as baixas e altas ondas, ele nada falava, não sorria, fiquei com medo. Parecia que adivinhava meus pensamentos: não tenha medo. Depois de muito caminhar chegamos em outra praia.
Atravessamos a praia e chegamos num lindo castelo, foi aí que abriu a boca e falou: foi aqui que vivia com você e a amava com ardor, mas não se assuste não lhe farei mal algum, só queria ver a rainha que sempre amei.
Retornamos a outra praia onde estávamos, soltou minha mão, desapareceu assim como sumiu o meu temor.
De volta pra casa fiquei a pensar muito: quem era aquele rapaz que disse que me amou?
Por uma semana o mar me chamava com clamor, e lá estava ele e tudo se repetia novamente.
Hoje fiquei esperando o seu chamado e nada, criei coragem e fui à praia, sentei e fiquei a esperar. Ouvi de longe, alguém que dizia: ele não voltará mais, pois encontrou o seu lugar.


Dorli Silva Ramos ( ficção)


A procura do infinito



Saí perambulando por aí à procura do infinito
Onde eu pudesse reencontrar a minha paz
Um amor sombrio e leal que me desse carinhos
Cansei de sofrer as angústias de não ser amada

Uma luz brilhante encontrei, parecia outro mundo
Acima nuvens namoravam a noite de núpcias
Estrelas brilhavam o grande acontecimento
Quis voltar, mas alguém segurou o meu braço

Um jovem vestido de branco disse: estou aqui
Vou ser seu homem e você será minha mulher
Aqui não sentirá dor e será amada por mim
Você irá levitar o infinito e sentir a felicidade

Pegou em minhas mãos, voamos o infinito belo
Paramos, foi quando vi muitos casais e crianças
Olhou para os meus olhos e disse: quer ficar?
Aqui você será a minha mulher e, me beijou...


Dorli da Silva Ramos

quarta-feira, 22 de maio de 2013

PEDRO está precisando de nós.





O BLOG POR TODA MINHA VIDA.
VÃO LÁ DA UMA FORÇA
PARA O PEDRO!

POR FAVOR!!

Lua Singular

Acostumei-me sem ti




Os dias são intermináveis nessa sacada
Tenho que me acostumar ficar sem ti
Olho o vazio que faz morada ao redor
A saudade amortece meus lábios sedentos

Há uma semana estávamos os dois aqui
Senti teu corpo gelado, mãos tremiam
Queria me dizer algo, mas a voz não saía
Olhei teus olhos vazios - o amor acabou?

Abaixou a cabeça sem precisar dizer nada
Teus olhos agora cheios de lágrimas, balbuciou:
Meu coração foi roubado de ti por outra mulher
Senti minhas pernas tremerem, como senti...

O tempo passou, acostumei-me sem teu cheiro
Vasculhei a casa inteira e um achado encontrei
Uma carta que não conseguiu entregá-la a mim
Tinha uma doença incurável, não quis me dizer

Deveras havia morrido muito longe da sacada
Com flores vermelhas entrei na tua nova morada
Tua foto sorria para mim, debulhei lágrimas de dor
Sei que tenho que me acostumar sem ti, amor...


Dorli Silva Ramos