Maria Fumaça
Nossa vida é como um trem em movimento
Entramos nele quando somos bebês
Ao chegarmos à primeira estação
Já somos lindos jovens rebeldes
No caminho até a segunda estação
Muitas mudanças nos acontecem
Conhecemos o amor e as desilusões
Mas temos que continuar até chegarmos
A terceira estação
Nessa estação já estamos mais maduros
Trabalhando muito conseguimos nos casar
Com uma bela mulher ao nossos olhos
E os filhos vão nascendo
Com esses fedelhos temos que chegar
Até a quarta estação e, já crescidos
Nos abandonam na última estação
Que solidão!
É o fim da linha o trem está velho
Não consegue mais o seu movimento
Pra chegar novamente
A primeira estação
Bom dia minha querida !
ResponderExcluirMais um poema retratando sua veia poética,a suavidade das letras encanta sempre quem ler...
bjs de bom dia !!!!!!
Lá vai o comboio,
ResponderExcluirPela linha a apitar
Leva a Maria e o António
A caminho do Luso,
Quando lá irá chegar
Sem apitar, ficou mudo
Por causa da guerra
Em Angola
Entre Luso e Benguela
Pela linha já apita agora!
Gostei da tua comparação
É verdade, assim acontece
Se nasce ao chegar à estação
E pela vida fora se cresce.
De comboio ou de carro
De bicicleta, ou de avião
Ou à sombra de um chaparro
Sempre com o amor no coração!
De sapatos ou descalço
Dar um pontapé num torrão
Acontecimento esporádico
A caminho da estação!
Boa quarta-feira para você,
amiga Dorli, Lua Singular.
Um beijo, Eduardo.
Tempos atrás li um livro cuja autoria não lembro bem ( Clarice Lispector ou Cecília Meirelles) que falava sobre uma viagem de trem na qual vamos "perdendo" passageiros ao longo do percurso. Lindos versos, só tenho dúvida quanto ao voltarmos ao início. Será?
ResponderExcluirAbraço!
Sonia
Oi Sonia!
ResponderExcluirO que eu quis dizer com essa poesia é que caminhamos pela vida, depois nos casamos, cuidamos dos nossos filhos e no final ficamos velhos, muitos são abandonados a própria sorte, e a vida não tem retrocesso.
Para mim, como anda a humanidade com tanta fúria de poder, muitos filhos esquecem de suas raízes, o que me consola e que eles também irão viajar nesse trem imaginário.
Espero ter-me feito entendida
Obrigada pela visita
Lua Singular
Entendido, sim. Eu interpretei como se fosse uma reencarnação. Erro meu.De qualquer forma são belos versos! Abraço!
ExcluirSonia
Quanta verdade em seu poetar querida Dorli, sempre verdadeira e maravilhosa com as palavras, adorei amiga querida, bjs
ResponderExcluirDorli, Querida
ResponderExcluirDe velho não digo; de antigo, talvêz.
Na verdade vamos passando as estações sem nos apercebermos que fechamos o arco da Vida.
Fomos Bebés até idosos e só precisamos que nos tratem como se tratam os Bebés; não como coisa velha sem préstimo.
Beijos
SOL
Que bela analogia, bela e perfeita, Dorli!
ResponderExcluirJá passei por quase todas as estações e espero não ser abandonada, destino das velhas locomotivas...
Beijos!
Nossa! Uma perfeita analogia. Quando eu chegar na última estação espero sofrer esta desilusão que você retratou com tanta segurança e conhecimento.
ResponderExcluirCon Maestría y sabiduría has descrito a la perfección las estaciones de nuestra vida. Metáforas y símiles llenos de certeza y realidad, contenidos en esta magnífica Poesía.
ResponderExcluirAbraços e beijos.
Querida Dorli, respondi seu email.
ResponderExcluirNossa, acho que preciso ser internada e urgente!
Eu tenho tambem a impressao de que a vida vai seguindo, parando, continuando, como um trem em movimento, pessoas que entram, que saem, as estações como estapas da vida. Hoje estou numa estação escondida, silenciosa, chove..., mas daqui mais um pouco vou para a proxima.
Um beijo